Somos Pais Encarregados de Educação e levamos a sério a nossa tarefa. Acreditamos na "aliança educativa" porque da boa relação Pais-Professores nasce a Escola de qualidade que desejamos para os nossos filhos!
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Mensagem da Professora Maria do Carmo
segunda-feira, 27 de abril de 2009
"Os maus pais são os que acham que a criança tem direito a tudo"
Entrevista com Aldo Naouri
Bárbara Wong em O Publico
Já está reformado, mas antes de ter deixado o exercício da pediatra ainda observou os netos de uma das suas primeiras doentes, orgulha-se. Sabe dizer “não tenhas medo” em 48 línguas, tantas quantas as nacionalidades de doentes que recebia no seu consultório, em Paris. Escolheu ser pediatra porque acreditava que não ia lidar com a morte. Enganou-se. Agora dedica-se à escrita de livros.
Em Educar os Filhos: Uma Urgência nos Dias Que Correm, publicada pela Livros d´Hoje, defende uma educação sem relações democráticas, onde as crianças são postas no seu lugar, que é o de obedecer sem questionar. Eles não têm direitos, porque não são o centro do mundo. Conservador? “Sim, mas no bom sentido da palavra”, admite.
Defende que os pais são muito permissivos e que devem exercer mais a autoridade. Como é que chegou a essa conclusão?
Quando os bebés vêm ao mundo, passam por um processo muito violento que é o da expulsão do corpo da mãe. Desde o primeiro dia que os pais procuram ajudá-los a adaptar-se e quando o bebé chora, a resposta dos pais é imediata na procura do seu conforto. Os pais acorrem imediatamente e o bebé compreende-o. O que defendo é que o bebé precisa de regras desde cedo, porque se estas não lhe forem ensinadas, ele permanecerá um bebé para o resto da vida.
Não é um cenário exagerado?
Não. A sociedade será constituída por indivíduos que estão centrados sobre si próprios, para os quais as regras e os outros não interessam. O problema da educação é não é só de cada uma das famílias, mas diz respeito directamente a toda a sociedade.
É por isso que defende que uma ordem, dada pelos pais, não deve ser explicada, mas executada?
Os pais e os filhos não estão no mesmo nível geracional, entre o pai e a criança a relação é vertical. Ao educarmos a criança, queremos elevá-la, fazê-la ascender ao nosso nível, ou seja, partimos do bebé para fazermos um adulto. Quando damos uma ordem e a explicamos, a relação vertical torna-se horizontal porque permitimos à criança que possa negociá-la. No entanto, ela precisa de saber que há limites.
Mas se aplicarmos este princípio, não estaremos a criar adultos sem pensamento crítico, que executam ordens sem perceber, nem contestar?
Este é um conceito que deve ser aplicado em qualquer idade: os pais dão a ordem e a criança executa. Claro que a ordem pode ser explicada, mas só depois. Dizer “não” a uma criança é como o parapeito de uma ponte, em cima da qual ela se encontra. Se não houver esse parapeito, a criança cai para o vazio e nenhum pai quer que isso aconteça. O “não” é uma protecção.
Os pais nunca pedem desculpa, nem mesmo quando erram ou são injustos?
Nunca! Os pais nunca pedem desculpa. Devem falar com firmeza e ternura. Nunca temos de nos justificar, nem de dar argumentos à criança. Podemos explicar, mas não justificar. O limite entre ambas é ténue, por isso defendo que na maior parte das vezes nem se explique.
O modo como os pais educam, por vezes, não é em reacção à forma como foram educados? Ou seja, eles tiveram pais rigorosos e autoritários, logo, são mais democráticos?
Justamente, quando os pais se tornam pais, por vezes, recordam que há algum ressentimento em relação aos seus pais e não querem repetir, nem querem que os seus filhos o sintam mais tarde. O que digo a esses pais é que as crianças estão condenadas a amá-los, porque foram eles que as educaram. É inútil entrar no jogo da sedução, esse é que é perigoso. Quando dizemos “não”, estamos a impor limites, estamos a dizer à criança: “O teu percurso é por cima desta ponte e esta tem parapeitos para que não caias à água.” Se os pais disserem “não” com tranquilidade, a criança não vai contestar.
Não haverá uma altura em que a criança quer espreitar por cima do parapeito ou pôr-se em cima dele?
A criança vai querer abanar a ponte, transgredir para ver se a ponte é sólida. Essa transgressão vai ajudá-la. As crianças são extremamente sensíveis aos limites, porque têm medo. A autoridade não é nociva, porque dá-lhes boas indicações sobre como é que devem seguir o seu percurso.
Por isso defende que é preferível educar as crianças de uma forma ditatorial a uma democrática?
Os pais são permissivos porque a ideia da democracia e dos direitos está muito espalhada. Ao criar as crianças de um modo ditatorial e autoritário, estas vão aprender a reprimir. A partir desse momento, compreendem que os outros também existem e, no futuro, serão democratas. Mas, se os criarmos em democracia, como se fossem iguais aos pais, vão crescer centrados sobre si mesmos, vão crescer como fascistas. O que é um fascista? É um indivíduo que pensa que tem todos os direitos.
Os pais têm mais direitos do que os filhos?
Hoje os pais procuram o prazer da criança e devia ser ao contrário. Os pais têm mais direitos, mas também mais deveres. O direito de saber o que é que lhes convém e às crianças e o dever de o impor à criança.
Não é isso a ditadura?
Não! Não é ditadura, mas autoridade. Se os pais continuarem a dar todos os direitos à criança, começam a pedir-lhe autorização para sair à noite, para fazer esta ou aquela compra. Em França, 53 por cento das decisões sobre que produtos comprar são decididas pelas crianças. Alerto para o risco de estarmos a criar tiranos.
Que tipo de adultos estamos a criar?
A mensagem do marketing insiste na importância dos filhos, o que paralisa os pais. A mensagem tem como objectivo aumentar o consumo. E estamos a criar crianças tiranas, autocentradas, perversas, que só pensam nelas.
São crianças que não sabem reagir à frustração? Que efeitos pode a actual crise económica ter sobre elas?
A crise económica é já um resultado de uma educação irresponsável.
Isso significa que as duas gerações anteriores já foram educadas nesse paradigma de que a criança é o centro do mundo?
Sim. As coisas começaram a mudar a partir do momento em que entrámos numa sociedade de abundância. Antes disso, dizíamos: “Não se pode ter tudo.” A partir dos anos de 1955/1960, passámos a dizer: “Temos direito a tudo.” A partir desse momento, começou a crescer a importância do “eu, eu, eu”.
Sempre pensou assim, ou, à medida que foi envelhecendo, foi mudando?
As crianças vão ao meu consultório e não têm problemas. Porquê? Porque trato rapidamente desta dimensão da educação com os pais. Quando estes falam com outros pais, recomendam-me: “Vai falar com Naouri.” E eles vêm. Preciso de duas ou três consultas para resolver os problemas com eles. Porquê? Porque dou este tipo de explicações.
Quais são as principais queixas dos pais?
Falta de disciplina, mau comportamento, desobediência nas horas de comer, tomar banho ou de dormir. Os pais pedem socorro, porque não conseguem reprimir as pulsões das crianças. Seja uma criança de um, três ou sete anos, procedo sempre do mesmo modo. Falo com os pais, escuto o que se passa, agradeço à criança por me ter vindo ver e ter trazido os pais e digo-lhe ainda que me vou ocupar dos pais. Em 80 por cento dos casos, as coisas ficam em ordem.
Como é que os pais sabem que são bons pais?
Os bons pais são os que permitem à criança poder desejar. Os excelentes não existem. Todos os pais têm defeitos, os maus são os que acham que a criança tem direito a tudo.
Qual é a sua opinião sobre as novas famílias, as monoparentais, as homossexuais, as divorciadas que voltam a casar... Podem ou não ser boas educadoras?
Em nome do egoísmo pessoal tomamos decisões que são prejudiciais para as crianças. As crianças filhas de pais divorciados divorciam-se mais rapidamente. As crianças de famílias monoparentais são crianças sós. Quanto aos casais homossexuais, a criança é como que um produto. Temos direito à felicidade, à saúde, a tudo o que queremos e também a uma criança. Isso é desumanizante.
Deviam existir escolas de pais, para estes aprenderem a educar?
Pessoalmente acho que a escola de pais vai ainda paralisá-los mais. Eles recebem demasiadas mensagens, algumas contraditórias e que paralisam. Defendo que os pais devem ser pais, que não tenham medo de o ser e de ter confiança. Se assim agirem, saberão o que fazer.
Disciplinas como Educação para a Cidadania ou Educação Sexual são necessárias?
Tudo é necessário. A função da escola não é educar, a educação deve ser dada nos três primeiros anos de vida, pelos pais. A escola faz isso como paliativo, mas não chega, porque a educação é um problema e responsabilidade dos pais.
Porque é que os pais não são mais firmes? Porque têm medo que os seus filhos os deixem de amar?
As crianças olham para o mundo como os pais o apresentam. A firmeza, quando é usada, vai passar a ser uma dimensão natural do mundo. Por vezes, as coisas não são perfeitas e é preciso gastar mais energia e mais tempo, mas os pais devem manter-se firmes, sem nunca esquecerem a ternura.
No seu livro afirma que as crianças não têm direitos. Porquê?
Explico no livro que quando a França tencionava assinar a Convenção Internacional dos Direitos da Criança, os especialistas reunidos pelo Governo, entre os quais eu me encontrava, recusaram a sua assinatura porque é um documento que não se adequa ao contexto europeu, porque são só direitos, sem enunciar qualquer dever, o que leva ao laxismo. No entanto, o Governo já a havia assinado.
Mas há crianças europeias que vivem na miséria, são vítimas de abusos e de maus tratos. Não precisam de ter direitos?
São poucas as que vivem essas situações. É importante sublinhar que o direito mais importante a que a criança tem direito é à educação. É curioso verificar que "educar" e "seduzir" são construídas a partir da mesma palavra do latim "ducere", que quer dizer, "puxar para si", "conduzir", o que deu "ducare", "educar". Mas "ducere" parte do radical "dux" que quer dizer "chefe". A ideia de chefe ou do exemplo que dele se destaca. Ora "seducere", é exactamente o contrário, é colocar de parte o exemplo do chefe. Educar implica impor à criança um constrangimento ou uma privação que faça sentido em si. E que não é para ter efeito imediato, mas a longo prazo.
Em consultório, já houve pais que discordaram consigo e deixaram de o consultar?
Há pais que ficam chocados com o que digo. Não posso fazer nada. Pelo meu consultório passaram pessoas de 48 línguas diferentes. Quando vejo alguém pela primeira vez cuja língua materna não é o francês, pergunto como é que na sua língua se diz "não tenhas medo" e transcrevo foneticamente. Sei em chinês, grego... E quando pego na criança digo-lhe "não tenhas medo". À criança digo pouca coisa, trato-a com ternura e ela sente-a. Mas falo sobretudo com os pais. O que é surpreendente é a rapidez com que os pais recuperam as suas capacidades de educadores. Falo com eles e é como se se encontrassem e se sentissem autorizados.
Oiça a entrevista na TSF, clique aqui
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Comunicado
A APAJIEARA , foi convidada pela Câmara Municipal, para apresentar as suas boas práticas no Encontro Concelhio das Associações de Pais, a realizar na sexta-feira, dia 24 de Abril.
É por este motivo que não se realizará a reunião mensal “Portas Abertas”. No entanto convidámos todos os Pais e Encarregados de Educação para a Assembleia Geral a realizar no dia 25 de Abril, Sábado às 21H no salão nobre da Junta de Freguesia de Riba de Ave, com a seguinte ordem de trabalhos :
1. Leitura e aprovação da acta da sessão anterior;
2. Festa de Encerramento do ano lectivo;
3. Projecto “Férias em Actividade”;
4. Apresentação do relatório de contas;
5. Outros assuntos
Condomínio da Terra, porque ela não pode ser dividida!
sábado, 4 de abril de 2009
Páscoa Feliz
quinta-feira, 2 de abril de 2009
“Quinzena da Educação” - 14 a 25 de Abril
- Mostra de Teatro Escolar – de 14 a 16 de Abril – Casa das Artes
Horário: 10h00 – 12h0014h00 – 17h0021h00 – 23h00
Este evento tem como objectivo primordial promover, apoiar, e valorizar as iniciativas artísticas e culturais, divulgando o trabalho desenvolvido, no campo teatral, pelas instituições educativas do nosso concelho.A I Mostra de Teatro Escolar, pretende, ainda, incentivar a arte do teatro entre os jovens alunos e, ao mesmo tempo, enriquecer o conhecimento daqueles que apostam nesta área.
- Sarau Cultural – 17 de Abril – Casa das Artes
Horário: 21h00Apresentação de actividades artísticas, pelos alunos das Instituições Educativas do Concelho, na área da música, dança e literacia, repletas de dinamismo numa noite cultural.
- Fórum da Educação – 18 de Abril – Casa das Artes
Horário: 14h30 ás 18h00No seguimento do I Fórum da Educação, este Fórum tem como objectivo, fomentar, a qualidade e o sucesso educativo no Município de Vila Nova de Famalicão, promovendo a participação activa da comunidade educativa, e emerge, a partir da discussão realizada nos Fóruns Locais de Educação, que decorrem em cada Escola ou Agrupamento. São estes que criam condições de diálogo e participação activa da comunidade educativa local nas questões da educação e promovem a partilha e a reflexão sobre as questões com as quais os agentes educativos se confrontam.
- Encontro Concelhio de CNO’s (Centros Novas Oportunidades) – 21 de Abril – Centro de Estudos Camilianos
Horário: 10h00 – 13h0014h00 – 17h00Jornadas de trabalho, para a partilha de boas práticas dos Centros de NovasOportunidades do concelho de Vila Nova de Famalicão.
- Encontro Concelhio das Associações de Pais – 24 de Abril – Centro de Estudos Camilianos
Horário: 18h30 ás 21h00Num contexto de desafio, o Município de Vila Nova de Famalicão vai levar a efeito este Encontro, proporcionando um momento de reflexão, análise e debate com as diversas Associações de Pais, que cada vez mais ocupam um lugar fundamental no dia a dia da Escola.
- II Mostra Pedagógica – Oferta Formativa e Feira do Livro – de 23 a 25 de Abril de 2009 – Lago Discout – Ribeirão – Vila Nova de Famalicão.
Horário: 23 de Abril (quinta-feira) das 10h:00 às 12h:30 e das 14h:00 às 18h:00.24 de Abril (sexta-feira) das 10h:00 às 12h:30 e das 14h:00 às 22h:00.25 de Abril (sábado) das 15h:00 às 20h:00.Através deste evento pretende-se promover e divulgar os diversos projectos educativos desenvolvidos pelas diversas instituições educativas do concelho; fomentar o intercâmbio de experiências educativas entre as várias instituições envolvidas; fomentar as potencialidades no âmbito do ensino/formação das diversas Escolas Secundárias, Profissionais e Universidades e realizar a Feira do Livro.